Iniciamos no mês de abril mais um projeto co-financiado pelo INR – Instituto de Nacional de Reabilitação: 𝗠𝗨𝗗𝗔𝗧 – 𝗔 𝗺𝘂𝗱𝗮𝗻ç𝗮 𝗰𝗼𝗺𝗲ç𝗮 𝗲𝗺 𝘁𝗶!
Este projeto que irá decorrer em 3 concelhos (Peso da Régua, Armamar e Tabuaço) e terminará em dezembro, tem como finalidade realizar atividades que contribuam para a execução da ENIPD – Estratégia Nacional para a Inclusão das Pessoas com Deficiência – em dois dos seus objetivos específicos:
1º- Promover ações de sensibilização junto das pessoas com deficiência para a prevenção da violência e maus-tratos.
2º- Criar e implementar um programa de sensibilização das comunidades para a importância da autonomia, autorrepresentação e vida independente.
Pretende-se assim, com este projeto diminuir a vulnerabilidade das pessoas com deficiência ou incapacidade (PCDI) na exposição à violência, aos maus-tratos/negligência e envolver as comunidades na implementação de medidas, que tornem as PCDIs mais autónomas e independentes na sua vida social e recreativa.
Nesta 1ª fase, trabalhamos em sala a questão da violência, que segundo a OMS (2002) “diz respeito ao uso intencional da força física ou do poder real ou em ameaça contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade que resultem em lesão, morte dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação.”
A deficiência está entre os diferentes fatores que podem aumentar a exposição de uma pessoa a atos de violência, pois as pessoas com deficiência têm, em geral, maior dificuldade em garantir e reivindicar os seus direitos, ficando mais expostas a situações de violência e de discriminação. A partir daqui, ficamos a conhecer os vários tipos de violência: física, psicológica, sexual, económica/financeira, por negligência e abandono. Refletimos em grupo esta questão com muitos exemplos, muitas notícias sobre este tipo de situações e visualizamos o filme “Wonder – extraordinário” (2017), que nos conta a história de um menino, com uma doença rara e que apesar das suas 27 cirurgias, continua com grande deformidade facial, que o afasta dos seus pares e da própria sociedade. É um filme muito emotivo, que aborda questões como o bullying, a discriminação, o preconceito, mas também a inclusão, a empatia, o amor e a amizade. Vale a pena verem!
Concluímos por isso que a violência termina quando damos oportunidade ao amor, ao respeito e à tolerância.
Ainda no mês de abril, em Tabuaço e Armamar, aliamo-nos à Entreajuda e participamos no movimento do Dia das Boas Ações, que pretende unir pessoas de todo o mundo, que realizam boas ações em benefício da comunidade e do planeta. A nossa boa ação foi angariar alimentos para a Associação Amigo Mais Fiel – em Tabuaço – e para os Serviços Veterinários de Armamar. Foi uma experiência maravilhosa, à qual pretendemos dar continuidade.
Em Tabuaço, aceitamos o convite e participamos ainda com um trabalho sobre os 50 anos do 25 de abril para uma exposição sobre este tema, no edifício da Câmara Municipal.
Em jeito de conclusão, podemos dizer que abril foi um mês intenso e cheio de emoções.
Alexandra Santos e Olinda Coutinho, Técnicas da A2000