Numa sala de aula, um Professor coloca aos seus alunos a seguinte questão: – Para que servem as Leis?
Choveram respostas de todos os lados: Para se organizar a sociedade; para diferenciar o certo do errado; para garantir os direitos humanos; para que haja justiça….
E o Professor continua:
- Como se fazem cumprir as Leis?
Respondem os alunos:
- Com um estado bem organizado, com uma administração pública adequada e exemplar, com procedimentos claros e simples, com a participação dos cidadãos…
Nova questão do Professor:
- Então porque nos calamos quando presenciamos uma injustiça, quando testemunhamos algo de errado?
E desta vez o silêncio tomou conta dos alunos com tal estrondo que mais pareceu que ficaram em profunda reflexão.
E passados alguns momentos, o Professor, entusiasmado e envolvido com o seu discurso, ia tecendo uma manta de frases que guiaram a reflexão dos alunos, e que transcrevo de seguida:
“Para o que é que queremos leis e regras se cada um de nós não está disposto a fazer o necessário para que elas sejam cumpridas? Cada um de nós tem obrigação de reclamar sempre que presenciar uma injustiça – Não podemos ficar calados nunca mais….!”
“Quando não defendemos os nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não se negoceia… não importa quem seja (Juiz, Polícia, Reitor, Diretor, etc.), temos a obrigação de não nos calarmos perante as injustiças, perante o não cumprimento das Leis…”
“Temos o direito e o dever de exigir que o Estado, através da administração pública, dê o exemplo e cumpra com todos as Leis da República no que concerne à dignidade humana e à proteção de todos os cidadãos de forma igual e justa; temos a obrigação de reclamar sempre que assim não seja!
Portanto, não nos iremos calar nunca! E iremos reclamar sempre que acharmos que estamos a ser injustiçados..
António Ribeiro, Presidente da Direção da A2000