Mês de setembro  

Com a chegada de setembro, iniciámos mais um mês de trabalho no projeto “Se tu fosses eu?”, cofinanciado pelo INR (Instituto Nacional de Reabilitação). Desta feita, abordámos dois Direitos Humanos fundamentais: O Direito à Saúde e o Direito à Expressão.

Segundo a “Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência” (versão Leitura Fácil, realizada pela FENACERCI), o Direito à Saúde significa que “as pessoas com deficiência têm o direito à saúde. Os serviços de saúde têm de ser acessíveis e devem tratar as pessoas com dignidade e respeito”. Com este mote introdutório, abordámos e questionámos o grupo sobre o seu significado, fazendo referência aos médicos de família ou ao SNS, e abordando igualmente a situação que se tem vivido com a pandemia, bem como o atual estado da saúde em Portugal.

Conjugámos este Direito com o Direito à Expressão pois, segundo a mesma Convenção, “as pessoas com deficiência têm o direito a dar a sua opinião e a escolher a forma como o querem fazer.” Bem sabemos que, na maior parte das vezes, as pessoas com deficiência não são ouvidas, não têm voz, tão pouco sabem que a têm e que podem até reivindicar pelos seus Direitos. Assim, discutimos o tema, enunciando alguns exemplos em que os elementos do grupo já sentiram que a sua expressão foi reprimida. Todos referiram situações do dia-a-dia, em que se dirigiram a um serviço, estando acompanhados (Centro de Saúde, p. ex.), em que o diálogo é estabelecido com o/a acompanhante e não com os próprios. Posteriormente, executámos os respetivos cartazes, de cada Direito, para divulgação na comunidade, durante os desafios de rua que fizemos neste mês.

Ainda em setembro, focámos mais a deficiência auditiva. Entendendo esta deficiência como a perda parcial ou total de audição, realizámos em sala «role-playings» em que se abordou esta condição em variadíssimas situações, o que acabou por nos tornar muito mais conscientes das dificuldades existentes.

Partimos então para a rua e, desta vez, fomos às farmácias, clínicas dentárias de fisioterapia e centros de saúde. Aqui, simulámos algumas situações do quotidiano destes serviços, no atendimento a pessoas surdas ou com outras deficiências. Os intervenientes referiram todos a dificuldade em comunicar com este tipo de condição, principalmente nos tempos da pandemia, com o uso da máscara, pois não se consegue ler os lábios nem a expressão facial. No final, abordámos algumas sugestões de como comunicar com os deficientes auditivos e mostrámos algumas saudações (bom dia, boa tarde, boa noite, obrigado…) em Língua Gestual Portuguesa, que aprendemos em sala.  Todos os que participaram no desafio mencionaram a importância de abordar estas matérias na comunidade, pois o desconhecimento é muito.

Todas as pessoas que participaram nos desafios assinaram uma Declaração de Compromisso, em que manifestaram a sua disponibilidade para estar mais atentas às pessoas que têm deficiência, por forma a compreendê-las melhor ou a fazer algumas alterações nos seus procedimentos para que a acessibilidade física e comunicacional se torne mais fácil.

Os nossos participantes do projeto, na sua avaliação final, referiram que foram bem recebidos e consideraram ter conseguido passar a mensagem e sensibilizado as pessoas para a importância de respeitarem os Direitos das pessoas com deficiência.

Deixámos o agradecimento às seguintes entidades que nos receberam:

  • UCC Terras do Douro e UCSP de Tabuaço (Centro de Saúde de Tabuaço)
  • Farmácia Confiança (Tabuaço)
  • Clinica Médico Dentária Dr. Hugo Bezelga (Tabuaço)
  • Farmácia D’Ouro (Tabuaço)
  • MedGym (Tabuaço)
  • FisioDouro (Armamar)
  • Farmácia Lúcio (Armamar)
  • Farmácia Batista Ramalho (Armamar)
  • Posto de Turismo de Murça
  • Farmácia Nossa Senhora de Fátima (Murça)
  • Farmácia de Murça
  • Centro Médico e Dentário (Murça)

Marina Teixeira,  Diretora Técnica

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