Com a chegada do inverno as crianças deixam de brincar ao ar livre, estando limitados ao espaço interior, onde não conseguem brincar de uma forma tão criativa.
Como é através do brincar que as crianças estabelecem relações com a vida real, é de extrema importância que sejam proporcionadas algumas brincadeiras para além da televisão, Tablet ou telemóvel.
Todas as crianças precisam de brincar, pois desenvolve a saúde física, emocional e intelectual da criança. O brincar estimula a curiosidade, a iniciativa, a autoconfiança e a destreza motora proporcionando aprendizagem. Porém, as atividades lúdicas devem ser orientadas de acordo com os objetivos que se pretende alcançar.
Existe uma grande diversidade de jogos que se podem realizar para trabalhar a imagem e esquema corporal, a memória, a coordenação motora a orientação espacial e temporal e a perceção visual, auditiva, tátil e olfativa, como por exemplo:
– Jogos sensoriais: são brincadeiras destinadas ao estímulo da perceção dos 5 sentidos: visão, audição, tato, paladar e olfato. Podem ser, por exemplo, brincadeiras com instrumentos musicais, descobrir o cheiro dos frascos e identificar peças escondidas num saco escuro;
– Jogos motores: exigem a participação de todo o corpo, mas dependem principalmente da ação muscular. Alguns desses jogos podem ser o jogo da macaca, a apanhada, saltar à corda/elástico e o jogo da estátua;
– Jogos de estimulação cognitiva: promovem por exemplo, a associação de ideias, o pensamento lógico, o raciocínio, a memória e a atenção/ concentração. Aqui podem incluir-se o xadrez, as damas, o dominó, as cartas, o jogo do galo, encontrar as diferenças/pares e sopa de letras.
– Jogos de construção: exigem que a criança manipule e construa vários objetos, seja através da repetição de um modelo ou apelando à criatividade fazendo algo novo, como por exemplo, legos, puzzles, blocos de madeira, entre outros.
Ana Sofia Correia, Fisioterapeuta da A2000