Dia 6 de novembro, decorreu em Carrazeda de Ansiães um World Café, inserido no projeto Carrazeda Inclusiva, cofinanciado pelo INR.
O tema “Carrazeda Inclusiva: Como construir a equidade?” foi abordado numa metodologia dinâmica em que os 22 participantes se distribuíram por 4 mesas, cada uma com um tema: Família, Educação, Saúde, Trabalho. Todos os participantes circularam pelas 4 mesas e puderam expor as suas ideias sobre as dificuldades sentidas em cada área, principalmente no que se refere à deficiência, bem como exploraram possíveis soluções.
A Senhora Vice-Presidente Adalgisa Barata proferiu algumas palavras de enquadramento, referindo que no concelho não há respostas específicas para as pessoas com deficiência, sendo a A2000 a única entidade que, graças ao apoio do Município, está a intervir no sentido de promover a inclusão profissional das pessoas com algumas incapacidades. Salientou que neste World Café é a primeira vez que se reúnem, em simultâneo, representantes de várias entidades do concelho, pessoas com deficiência ou incapacidade e familiares, para refletir sobre o papel de cada um para tornar o concelho mais inclusivo.
No final, foi elaborada uma súmula das conclusões que foi exposta e posteriormente enviada por escrito aos presentes. Assim, por tema concluiu-se o seguinte:
Família: A intenção de proporcionar uma vida plena à pessoa com deficiência, deveria passar também por fornecer a Capacitação, os recursos e acompanhamento necessários às famílias, para estas poderem educar respeitando as limitações individuais, mas sempre incentivando a autonomia e a responsabilidade, de acordo com as capacidades dos seus filhos.
Educação: importância do investimento nas equipas educativas, ao nível da formação e multidisciplinaridade. Inclusão implica a coexistência de diversidade de necessidades, logo diversidade de respostas, de conhecimentos e de meios.
Saúde: importância da humanização dos serviços para se tornarem mais responsivos às reais necessidades das pessoas.
Trabalho: todos, independentemente das suas limitações, devem ter a chance de se desenvolverem profissionalmente, para tal tem de haver mais sensibilização do tecido empresarial para que crie mais oportunidades de inclusão, garantindo o direito ao trabalho para todos.
Ficou claro que informar, falar sobre os assuntos é o primeiro passo para a mudança e criação de novas soluções inclusivas para as pessoas com deficiência ou incapacidade.
Marina Teixeira, Diretora Técnica