“A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro” Herbert Spencer

Formandos realizam atividades e expõem trabalhos no âmbito do tema

O direito à Democracia, ladeado pelos direitos da Liberdade, Participação, Expressão e Religião foram os temas do mês do Projeto “Direito de Ser”. Estes direitos foram abordados como se de um todo se tratasse e foram encabeçados precisamente pela democracia.

Assim, o direito à Democracia foi retratado como algo colorido (algo bom), em que os indivíduos têm o direito de dar a sua opinião, se assim o entenderem, opinião essa que pode divergir da dos outros (falou-se, por exemplo, do direito ao voto). Igualdade e diversidade foram alguns dos conceitos também abordados neste tema.

A “Revolução dos Cravos”, em 25 de abril de 1974, foi o mote para o direito à Liberdade. A experiência de vida de alguns clientes permitiu-lhes partilhar na primeira pessoa o que viveram durante a ditadura vigente em Portugal até 1974 e aferir as diferenças no pós-revolução. Foram enriquecedoras estas conversas e até muito animadas. Em termos de cartazes, deitámos mãos à obra e fizemos, em papel, os cravos que representam tão bem a maior expressão de liberdade em Portugal.

O direito à Expressão foi trabalhado de forma divertida. Depois de falarmos sobre as várias maneiras de nos expressarmos (através da música, da pintura, da dança, etc.), demos largas à imaginação e, com os dedos, colorimos folhas em branco que, depois de recortadas de diferentes modos, fizeram cartazes repletos de brilho, de formas que divergem entre si, mas que, apesar de tudo, combinam – autênticas obras de arte!

Do direito à Participação é retirada a ideia de que podemos e devemos associar-nos e reunir com os pares, pois temos liberdade para tal. Como exemplos, falámos nos grupos de jovens e escuteiros, ranchos folclóricos, grupos corais, etc.

A liberdade religiosa, ou direito à Religião, permitiu-nos falar de coisas sérias a brincar, pois fizemos smiles e bonecos de cartão representativos de vários credos.

Em modo de resumo, a ideia que fizemos questão de passar é que estes direitos complementam-se e que liberdade não é dizer ou fazer tudo o que queremos, porque há leis que devemos respeitar e, principalmente, porque vivemos em sociedade e há que respeitar os outros, daí que, parafraseando o filósofo Herbert Spencer, devemos ter sempre em conta que: “a liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro”.

Entretanto, e de acordo com a calendarização proposta, foram montadas exposições nas respetivas Câmaras Municipais, distribuídos panfletos à população e feitas algumas entrevistas como forma de aferir a opinião de quem connosco se cruza e, acima de tudo, de os esclarecer. Em elaboração encontram-se igualmente as maquetes das “vilas ideais”, onde colocamos em prática os nossos dotes artísticos.

De salientar que este projeto é cofinanciado pelo Instituto Nacional para a Reabilitação (INR) e conta com a parceria dos Municípios de Armamar, Tabuaço e Murça, e tem como público-alvo pessoas com deficiência ou incapacidade residentes nestes concelhos. Visa proporcionar aos participantes a oportunidade de realizarem atividades novas no seu quotidiano, e desenvolverem competências ao nível da sua cidadania e participação. Sendo a finalidade última, divulgar e esclarecer a comunidade sobre os Direitos Humanos e, principalmente, sobre os direitos das pessoas com deficiência ou incapacidade (PCDI).

Paula Conceição, Técnica da A2000

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