Começamos por ler o seguinte provérbio “De pequenino se torce o pepino”, já devia conhecer, certo?
O ditado popular é apoiado por evidência científica que menciona a importância do desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida. Durante a fase do desenvolvimento da criança, existe um “período crítico” para potenciar o desenvolvimento e as aprendizagens. “Os primeiros três anos de idade de uma criança constituem um período de sensibilidade excecional às influências ambientais, designado como período crítico ou sensível, representa uma verdadeira janela de oportunidades para “aprender” e assume um papel determinante na modelagem da estrutura e função do cérebro (Fox, Levitt, & Nelson, 2010).”
Importa salientar que, a intervenção precoce na infância (IPI) dá relevância a todos os contextos naturais da criança. Deste modo, a intervenção deve ser em locais significativos, como por exemplo, casa, creche, jardim-de-infância entre outros. De notar, que a presença dos pais e/ou cuidadores, educadores e outras pessoas com papéis importantes nas relações da criança devem estar inseridos nos processos da IPI.
De uma forma sucinta os objetivos da IPI centram-se em:
- Apoiar as famílias para atingirem os seus próprios objetivos;
- Promover o envolvimento, a autonomia e mestria da criança;
- Promover o desenvolvimento em domínios-chave;
- Construir e apoiar as competências sociais da criança;
- Promover a utilização generalizada de competências;
- Proporcionar e preparar experiências de vida normalizadas para as crianças e famílias;
- Prevenir a emergência de futuros problemas ou incapacidades;
A presente notícia é um breve resumo da Parte 1 do guia “Práticas Recomendadas em Intervenção Precoce na Infância: Um Guia para Profissionais, é um dos produtos desenvolvidos no âmbito do Projeto Im2 – Intervir Mais, Intervir melhor, promovido pela Associação Nacional de Intervenção Precoce (ANIP), com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG)”.
Tamára Ramos, Terapeuta da Fala