No mês de junho, com todas as precauções exigidas pela atual situação, deu-se início ao projeto “Direito de Ser” nos concelhos de Murça, Tabuaço e Armamar.
Este projeto é cofinanciado pelo Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), e foi estabelecida uma parceria entre a A2000 e os três Municípios para se conseguir executar as atividades previstas.
O “Direito de Ser” tem como público-alvo pessoas com deficiência ou incapacidade residentes nos concelhos supramencionados e contempla, entre outras coisas, sessões em sala e campanhas de rua. Visa proporcionar aos participantes a oportunidade de realizarem atividades novas no seu quotidiano e desenvolverem competências ao nível da sua cidadania e participação. Para além disso, tem a grande finalidade de divulgar e esclarecer a comunidade, em geral, sobre os Direitos Humanos e fundamentalmente os direitos das pessoas com deficiência ou incapacidade (PCDI).
Numa primeira abordagem sobressaiu o seguinte: os participantes consideravam que não tinham direitos! – O que releva ainda mais a pertinência e importância deste projeto.
Este mês foram trabalhados 7 direitos, nomeadamente o direito à Vida, à Integridade, à Dignidade, à Igualdade, à Equidade, à Nacionalidade e à Privacidade.
De uma forma muito sucinta, todos temos o direito de nascer e viver, de pertencer a algum lugar (a alguma nacionalidade), de ser respeitados e de respeitar – apesar das nossas diferenças – de chegar onde chegam os outros de forma justa e equitativa… porque afinal todos somos humanos, embora diferentes.
Foram elaborados cartazes que estão expostos nas respetivas Câmaras Municipais, distribuídos panfletos na comunidade e foram feitas algumas entrevistas, para percebermos o que as pessoas sabem sobre os Direitos.
Consideramos o saldo muito positivo porque, acima de tudo, os clientes e a comunidade em geral foram sensibilizados para, e parafraseando Hannah Arendt, “a essência dos Direitos Humanos…” é afinal “… o direito a ter direitos”.