Impacto da pandemia na economia portuguesa

Imagem ilustrativa do tema do texto, em que aparece uma calculadora, caneta, gráficos e desenhos de vírus a pairar sobre a mesa onde estão todas as coisas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui o nome de Covid-19 à doença provocada pelo novo coronavírus SARS-COV-2 que pode causar infeção respiratória grave como a pneumonia.

Esta doença surgiu no final de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

O impacto social, cultural, intelectual e económico é brutal e as consequências definitivas ainda estão por apurar.

No que diz respeito à economia portuguesa, antes de surgir a pandemia, esta estava em franco crescimento.

A taxa de desemprego estava ao nível mais baixo desde 2002 (6,5%), os salários reais (poder de compra) tinham crescido 2% em 2019 e, pela primeira vez em 50 anos, o saldo orçamental foi positivo. Ao mesmo tempo que a dívida pública, embora ainda elevada, seguia uma tendência claramente descendente.

No setor bancário o crédito malparado caiu de 15,5% em 2015 do crédito total para 6,5% em 2019, o que evidencia que Portugal estava gradualmente a corrigir as suas fragilidades sociais e económicas.

Face a este cenário eis que surge a pandemia do novo coronavírus e o clima económico deteriorou-se rapidamente, pois os efeitos severos do confinamento fizeram-se sentir nas empresas, no emprego, nos rendimentos e consequentemente no consumo.

Mais de 100 mil empresas (empregando 1,3 milhões de pessoas) candidataram-se ao regime de layoff temporário simplificado, aumentado assim o número de famílias carenciadas.

O desemprego aumentou drasticamente em alguns setores, nomeadamente a hotelaria, a restauração e o turismo, o que provocou uma diminuição do rendimento disponível dos portugueses e, consequentemente, uma pressão acrescida sobre o estado social.

A combinação de uma elevada incerteza face ao futuro, da destruição de postos de trabalho e da queda do rendimento disponível dos portugueses teve como resultado a forte redução do consumo.

Podemos esperar que as coisas voltem ao que eram, mas esperança não é estratégia.

Em vez de lamentar o que se perdeu temos de assumir o desafio e usar as nossas melhores competências, esforços e recursos para reconstruir.

Isabela Lima, Formadora da A2000

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