DOS 0 AOS 3 ANOS

Cartaz ilustrativo de notícia da IPI - pai a brincar com filha no campo

Absorvemos o mundo

Estes três primeiros anos de vida são incríveis!

Poderíamos fazer aqui uma descrição das etapas de desenvolvimento da criança, para que os pais, educadores e cuidadores pudessem balizar as aquisições determinantes para a sua faixa etária.

Mas, para nós, a relação emocional que existe entre os cuidadores e as crianças assume especial importância no seu desenvolvimento! E a partir desta relação iremos conseguir trabalhar, estimular e promover o melhor desenvolvimento possível para cada criança.

Queremos que admire o papel de um bebé que acaba de nascer, nunca viu a luz do dia e, de repente, já nos consegue transmitir como se sente confortável, quando tem calor, quando está frio, o que gosta e o que não gosta… em pouco tempo, vai começar a comer e a segurar os alimentos, vai-se tentando deslocar e agarrar o que lhe chama à atenção e, em menos de nada, já está a andar.

Agora que já procura os objetos, vai tentar saber o nome deles, vai tentar dar nomes às ações que realiza, vai falar, construir frases, correr, brincar com propósito e chegamos aos três anos.

Como é que eles aprenderam o mundo todo em 3 anos?

A brincar…

A explorar…

Eles tinham 2 grandes objetivos:

Aprender como é que o mundo funciona;
Adquirir independência física do adulto.
não ajude, sem que a criança lhe solicite! ela tem que se conhecer

Liberdade para explorar

O processo de desenvolvimento é constante!

Então o que poderemos fazer para o potenciar?

Se for fácil para os pais, uma questão muito importante é adaptar o ambiente para que a criança possa realizar as tarefas em segurança, sem estar sempre a ser desencorajada. Expressões como “não faças isso, que te magoas na esquina!” são um exemplo muito comum que todos nós já ouvimos em casa de crianças e nas nossas próprias casas. Obviamente que existem questões como escadas, fichas elétricas e outras que devem ser salvaguardadas mas, ao mesmo tempo, não devemos ensinar a criança que não deve descer ou tocar. Devemos dirigir-nos com a criança ao local e explicar o que representa um perigo e porquê.

Lembrem-se, cuidadores, que elas são extremamente curiosas e não têm noção dos perigos que determinado objeto pode representar e vão querer descer, tocar, mexer e experimentar para ver se são capazes. Teremos que relembrar os perigos e dar exemplos.

Estamos a incutir liberdade e limites, a ensinar a importância do saber ouvir, a treinar a linguagem, etc..

Utilizamos muitas vezes a expressão da exploração do ambiente controlada! Pois bem, é exatamente isso que desejamos, que as nossas crianças explorem tudo com autonomia, mas de uma forma controlada, onde ajudamos a minimizar os riscos e estamos presentes para supervisionar.

O mobiliário onde a criança brinca deve ser acessível à sua altura, por exemplo, brincar no tapete com um cesto de pano onde guarda os brinquedos.

Ao brincar no tapete reduzimos o risco e amortecimento da queda, e quanto ao cesto de pano, mesmo que a criança o vire, não se magoará.

Outro aspeto muito importante trata-se de não ajudar sem que a criança peça diretamente ajuda.

A criança vê um objeto, vai querer explorar, tentar abrir, ver quais são as funcionalidades deste objeto. Se explicarmos de imediato a utilidade dele, não estamos a ajudar a desenvolver uma série de competências como, por exemplo, pensamento lógico, abstrato, imaginação, coordenação óculo-manual, entre outras. A criança para se conhecer a si própria e para saber as suas capacidades, deve tentar, deve falhar.

Por último, pais…. Brinquem, brinquem muito com eles, sejam os melhores cúmplices, o melhor porto seguro!

Mesmo na azáfama do dia-a-dia…. tentem! Não é fácil, por vezes, conciliar as nossas tarefas e rotinas com um momento de brincadeira que se estende no tempo, mas criamos memórias e marcos na vida de cada um de nós que serão inesquecíveis e recordaremos com muito carinho, quando forem maiores.

Sofia Borges, Psicóloga da A2000

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