Vivemos tempos desafiantes, marcados pela incerteza e pelo individualismo crescente, mas a resposta a muitos dos problemas do nosso mundo está numa ideia simples: solidariedade com humanidade. Não falamos apenas de gestos isolados de bondade ou de doações pontuais. Falamos de um compromisso real, contínuo e profundo de nos reconhecermos uns nos outros, de percebermos que a condição humana nos une mais do que qualquer diferença nos separa.
A solidariedade não é um conceito abstrato, nem uma obrigação imposta. É um ato de humanidade, uma escolha de valorizar a empatia acima do egoísmo, de nos preocuparmos com o bem-estar coletivo e de enfrentarmos os desafios globais como parte de uma só comunidade. Numa sociedade onde tantas vezes prevalece o “eu”, é urgente recuperar o “nós”.
A crise climática, os conflitos armados, as desigualdades sociais e económicas são apenas algumas das batalhas que exigem um esforço conjunto. A ajuda humanitária, a defesa dos direitos humanos e o combate à pobreza só são possíveis quando nos colocamos no lugar do outro, reconhecendo as suas dores como nossas e as suas lutas como comuns
Mas a solidariedade não se manifesta apenas em grandes causas. É nos gestos simples do dia a dia que a humanidade se constrói: ouvir quem precisa, apoiar quem tropeça, respeitar quem é diferente. É na forma como tratamos o próximo que definimos quem somos como sociedade.
Solidariedade com humanidade não é um slogan; é uma escolha de vida. É um apelo a que deixemos de lado o individualismo cego e reconheçamos que o mundo se transforma quando começamos por transformar a nossa relação.
“Se você sente dor, você está vivo, mas se você sente a dor dos outros, você é humano” Leon Tolstoi
António José Ribeiro, Presidente da Direção da A2000