O autismo é um transtorno neuropsiquiátrico, com impacto direto no desenvolvimento humano.
É caracterizado por défices na comunicação social e padrões repetitivos e restritos de comportamento.
Este distúrbio abrange uma ampla gama de habilidades e desafios, manifestando-se de maneiras únicas em cada indivíduo. O termo “espetro autista” reflete essa diversidade, reconhecendo que as experiências autistas variam em intensidade e forma (nível 1, 2 e 3).
Sintomas Sociais:
As dificuldades sociais no TEA podem incluir limitações na interpretação e reação às emoções de outras pessoas, podem-se verificar ainda lacunas na comunicação não verbal (como contato visual, expressões faciais) e na busca por interações sociais de maneira não convencional.
Comportamentos Repetitivos e Restritos:
Padrões repetitivos e restritos de comportamento podem se manifestar como fixação em rotinas, interesses específicos e movimentos motores repetitivos. A resistência à mudança é comum, tornando a flexibilidade e a adaptação desafios significativos.
Sensibilidades Sensoriais:
Muitas crianças com TEA experimentam sensibilidades sensoriais, sendo hipersensíveis ou hipossensíveis a estímulos como luz, som, texturas e cheiros. Essas sensibilidades podem influenciar significativamente o conforto e o bem-estar diário nos diferentes ambientes, onde a criança está inserida.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), estima que, 1 em cada 160 crianças tenha TEA, no entanto consideram-se estas estatísticas aquém da realidade quotidiana atual.
O diagnóstico não se encontra amplamente difundido e normalmente é feito de forma tardia, devendo o mesmo ser efetuado até aos 24-30 meses, por profissionais especializados.
Sendo o TEA reconhecido como uma condição multifacetada, irá exigir concomitantemente intervenções adaptadas à sua heterogeneidade.
Estudos sobre intervenções comportamentais, apontam o método ABA, como uma das intervenções no TEA, que traz ganhos na funcionalidade e desenvolvimento da criança. Esta metodologia será abordada na próxima edição.
Até breve com o método ABA.
Sofia Borges, Psicóloga