Sexta feira, dia 15 de dezembro, em Tabuaço o projeto EPA – Empowerment, Participação e Autorrepresentação (projeto cofinanciado pelo INR, I.P.) organizou uma Palestra sob o tema “Olhares Sobre a Inclusão” e convidou 4 entidades locais para apresentarem os seus serviços e como esses enquadram as pessoas com deficiência. Assim, estiveram representados os seguintes organismos:- UCC Terras do Douro (Enfª de Reabilitação Filipa Pereira e Enfª Pilar Sanjuan, da Equipa de Cuidados Continuados Integrados)- Ação Social do Município de Tabuaço (Dra. Liliana Cardoso)- Agrupamento de Escolas Abel Botelho – Tabuaço (Vice-Diretora Elisa Maia e a Coordenadora da EMAEI – Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva, Diana Gomes) – GIP – Gabinete de Inserção Profissional do Município de Tabuaço (Dra. Sofia Veiga)Que apresentaram as medidas legisladas e os serviços locais existentes, bem como esses serviços integram as pessoas com deficiência ou incapacidade (PCDI) no seu seio.As Boas-vindas foram dadas pela Patrícia Neves, autorrepresentante do projeto EPA, seguiu-se a introdução da temática pela Diretora Técnica da A2000 (Dra. Marina Teixeira) que demonstrou como todos nós passamos por todas os quatro organismos acima referidos: nascemos na “Saúde”, somos apoiados pela “Segurança Social” ou outros serviços sociais, andamos 12 anos na “Escola” e depois vamos procurar trabalho e iniciamos o nosso percurso profissional. Também as pessoas com deficiência ou incapacidade (PCDI) usufruem desses mesmos direitos fundamentais: Direito à Saúde, ao Apoio Social, à Educação e ao Emprego. E a Convenção da ONU sobre os Direitos da PCDI, não inventou novos direitos, apenas acrescentou algumas especificidades para poder abranger todas as pessoas. Em Portugal, as leis das quatro áreas abordadas nesta palestra, e não só, são sempre pensadas de forma inclusiva criando medidas que facilitem às PCDI o exercício dos seus Direitos, porém, e foram as questões lançadas aos restantes palestrantes: Serão as leis suficientemente divulgadas aos cidadãos comuns? Estarão as leis a ser cumpridas e respeitadas pelos próprios organismos públicos? O que poderá ajudar a que as leis se cumpram em prol de um melhor acesso aos serviços, por parte das PCDI, contribuindo para uma maior inclusão?Quando o debate foi aberto à plateia confirmou-se a ideia de que, mesmo localmente as pessoas desconheciam, alguns dos serviços apresentados, portanto falta a informação, e frequentemente faltam os recursos necessários a que as leis se ponham em prática.Dois familiares dos participantes do projeto EPA falaram sobre a sua experiência do processo de inclusão e de como a participação é o melhor caminho para se alcançar a inclusão.Falou-se do “Guia Prático “Os Direitos das Pessoas com Deficiência em Portugal””, lançado pelo INR, que reúne todas as legislações relativas à pessoa com deficiência e de como são importantes estes encontros de organismos para dialogarem entre si, divulgarem os seus serviços, de modo a estabelecerem-se pontes de colaboração, rentabilizando recursos e concretizando-se as leis mais eficazmente, mas para isso é necessário o comprometimento de todos no respeito pelos direitos de cada um!Concluiu-se também que cada Município, que até já tem uma equipa que faz todo o atendimento social, deveria investir na formação de algum dos seus técnicos, para poderem prestar um serviço mais eficaz às pessoas com deficiência – este conceito já existe, chama-se Balcão de Inclusão e a formação é disponibilizada gratuitamente pelo INR,I.P..Terminamos com cânticos por parte dos clientes da Formação Profissional da A2000 e dos participantes do EPA, que acompanhados pelos professores de música Tiago e Pedro apresentaram um breve reportório que animou a plateia.