A Fernanda foi recentemente integrada profissionalmente no Centro Social Recreativo e Cultural de Carlão, através de um Contrato-Emprego Inserção + (CEI+)
Após ter sido sinalizada pelo Centro de Recursos para a Inclusão Profissional (CRIP) da A2000, a Fernanda foi avaliada primeiramente no âmbito da medida IAOQE (Informação, avaliação e orientação para a qualificação e emprego) do Centro de Recursos. Após término do acompanhamento de IAOQE, foi encaminhada para a medida de Apoio à Colocação, para encontrar uma ocupação profissional, e foi no Centro Social, Recreativo e Cultural de Carlão que encontrou a sua casa.
Na sua atividade profissional, a cliente sente-se satisfeita e motivado para realizar as tarefas no centro social. Quando questionada sobre as suas funções, a Fernanda refere que “ajuda a fazer a higiene aos idosos, faz a limpeza das instalações, coloca as mesas para as refeições e auxilia na refeição dos idosos.” É evidente o interesse e o empenho da Fernanda que menciona a tarefa de auxiliar os idosos na refeição como algo que mais gosta de fazer “Gosto muito dos meus velhinhos e de lhes poder ajudar para terem uma vida melhor”. Neste contexto, são visíveis melhorias significativas na autonomia e independência da cliente, as quais foram provocadas pela definição do seu percurso profissional. Reforça ainda que esta integração lhe trouxe muitos fatores positivos, pois sente-se ocupada e muito feliz. Apesar de alguns constrangimentos na sua saúde, menciona que “Gosto muito do que estou a fazer, gosto de todas as colegas e também da diretora, assim como da equipa da A2000 que me ajudaram a ter este emprego.”
Bárbara Alves de Melo, Diretora Técnica do Centro Social, refere a contratação da Fernanda de uma forma muito natural, uma vez que já não é a primeira vez que contactam com esta realização e com a inclusão de Pessoais Portadoras de deficiência.
Neste sentido refere como motivo principal a consciência inclusiva: “O CSRCC tem uma consciência inclusiva, sempre mostrou disponibilidade em contratar pessoas com deficiência e sempre teve em conta as suas necessidades no local de trabalho.
O CSRCC reconhece e percebe a necessidade de sensibilização dos seus recursos humanos, na medida em que o Centro se adaptou facilmente para receber candidatos com deficiência para trabalhar. Por esse mesmo motivo decidimos avançar com a medida, o CSRCC, sendo uma Instituição de cariz social procura o empoderamento e igualdade de oportunidades e de participação para todos.”
A adaptação da Fernanda às rotinas e exigências do trabalho diário foi um aspeto bastante positivo elencado pela Diretora Técnica no âmbito deste processo: “Na minha perspetiva e de acordo com a informação prestada pela colaboradora, esta adaptou-se muito bem à dinâmica da instituição. A Fernanda tem adquirido competências como a autonomia, tomada de decisão e aceitação de instruções, responsabilidade, autoestima, capacidade de adaptação ao contexto externo e de resolução de problemas, pois o CSRCC tem o cuidado de fazer acompanhamento da trabalhadora no local de trabalho conforme as necessidades e exigências da função a desempenhar pela Fernanda, estas práticas são um elemento facilitador e integrador da pessoa com deficiência. “
Também o apoio da A2000 foi elogiado pela Diretora Técnica, consciente da necessidade de criar mais oportunidades a pessoas com deficiência ou incapacidade, em prol da sua qualidade de vida. A A2000 tem um papel simplificador através do suporte social (disponibilização de recursos, apoio emocional) e autonomização da PCDI.
Bárbara de Melo finaliza esta entrevista, reforçando a mais-valia de contratação de pessoas com deficiência: “O CSRCC deixa aqui um pouco da experiência de trabalho com PDCI, desde que a Fernanda integrou a equipa de trabalho que a diversidade da força de trabalho contribuiu para um maior crescimento e capacidade de inovação, criando ambientes de trabalho mais agradáveis e produtivos na IPSS. Apesar de termos uma consciência inclusiva, sabemos que o CSRCC ainda tem um longo caminho a percorrer para combater preconceitos e estereótipos com as PCDI, no entanto, temos provas que com a inserção da Fernanda no trabalho do Centro Social estas barreiras são ultrapassadas e que a IPSS ganhou diversidade e uma maior consciência social.”
Fátima Teixeira,
Técnica de Apoio