Como Técnico de Intervenção Precoce com formação na área da Terapia da Fala, sou frequentemente questionado pelos familiares e amigos das crianças acompanhadas, bem como por colegas das diferentes áreas, acerca do que é esperado nas diferentes etapas do desenvolvimento de fala e linguagem das crianças. Por esta razão, considerei particularmente útil utilizar o espaço da revista previsto para os leitores interessados na Intervenção Precoce na Infância (IPI), para fornecer uma espécie de guia que permita monitorizar o desenvolvimento da fala e linguagem, bem como responder às questões mais frequentes. Importa sublinhar que estes marcos e respetivas idades não devem ser tidos como completamente estanques, o que significa que determinada competência deve surgir com o aproximar de determinada idade, derivando do amadurecimento neuromuscular. Este amadurecimento é dependente das diferentes características pessoais de cada criança, contextos que esta frequenta e experiências vivenciadas. Assim sendo, existem idiossincrasias da idade que devem ser tidas em conta. Caso ultrapasse significativamente as idades abaixo descritas ou lhe surjam dúvidas, não hesite em procurar a opinião e/ou avaliação de um Terapeuta da Fala.
Importa esclarecer que a notícia se encontrará divida em quatro partes. Numa primeira parte serão abordadas as competências pré-linguísticas, adquiridas ao longo do 1º ano de vida (12 meses de idade). Posteriormente, poderá atentar às competências linguísticas e de fala compreendidas entre o 1º e o 2º ano de vida (entre os 12 e os 24 meses). No seguimento da notícia encontrará os marcos esperados entre o 2º e o 4º ano de vida e, na última notícia, encontrará entre o 4º e o 6º ano de vida.
Pedro Barros,
Terapeuta da Fala da A2000